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Autogestão no gerenciamento de risco de transporte: mito ou realidade?

Não é surpresa, nem novidade - mesmo para quem não atua no setor logístico - que um dos principais desafios do transporte de cargas é fazer o gerenciamento de riscos. Acidentes, roubos, atrasos, estradas ruins e avarias à carga são alguns dos problemas que podem ocorrer e que impactam diretamente na lucratividade e na reputação das empresas.

Mas, será que é possível mitigar e controlar esses riscos, garantindo um transporte mais seguro e eficiente? Sim, é possível!

Com a autogestão no gerenciamento de risco fica mais fácil acompanhar todas as variáveis que envolvem o transporte de cargas e prever as situações inesperadas que podem acontecer ao longo dessa etapa da operação logística.

Dessa forma, inclusive, é possível estruturar planos de ação para eliminar e/ou corrigir falhas e danos.

Portanto, fica evidente que a autogestão é uma solução inovadora para o gerenciamento de risco de transporte. Mas, na prática, como ela realmente funciona? Neste artigo, vamos desvendar os segredos da autogestão e ajudá-lo a tomar a decisão certa para o seu negócio.

Principais riscos no transporte rodoviário de cargas

No Brasil, o transporte de cargas é predominantemente rodoviário. Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), esse modal representa mais de 60% de todas as movimentações, bem à frente dos modais ferroviário, hidroviário e aéreo.

Esse volume enorme de mercadorias indo e vindo em um país de extensão continental e que, infelizmente, não consegue desenvolver e preservar as suas rodovias traz uma série de dificuldades para as empresas transportadoras, que gerenciam o negócio, e para os motoristas, que estão na linha de frente da operação.

A má conservação das estradas, o alto número de roubos de carga, os índices elevados de acidentes nas rodovias, atrasos nas entregas e problemas causados pela falta de manutenção da frota são alguns dos principais riscos aos quais os processos logísticos estão suscetíveis.

Esses problemas podem levar a diversos prejuízos e à insatisfação dos clientes, sem falar nos altos custos operacionais.

De fato, nem todos os riscos podem ser totalmente evitados por transportadoras ou motoristas, mas é possível mitigá-los. O primeiro passo é conhecê-los para que as ações preventivas e os planos corretivos sejam efetivos.

Má conservação das estradas

Segundo dados do Anuário CNT do Transporte de 2022, a extensão total da malha rodoviária brasileira é de 1.720.909 km, sendo que apenas 12,4% são de trechos pavimentados. Além disso, de acordo com a mesma pesquisa, 66% das rodovias avaliadas têm algum problema no estado geral.

Esses números nos trazem um panorama bastante claro da condição precária das estradas no país. Além da má conservação e da falta de sinalização adequada, a extensão territorial exige viagens bastante longas, o que aumenta as chances de danos ao veículo e avarias à carga transportada.

Por não estarem preparadas para suportar o alto fluxo de veículos, as estradas sofrem com desgaste acelerado e, ao mesmo tempo, não recebem o investimento necessário e no tempo adequado para a manutenção eficiente. Todas essas questões impactam diretamente na cadeia logística, na integridade das mercadorias e na eficiência operacional.

Roubo de cargas

Em 2023, o Brasil registrou mais de 17 mil roubos de carga, um crescimento de 4,8% na comparação com o ano anterior. O prejuízo anual ultrapassou R$ 1,2 bilhão, segundo cálculos da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística.

Nos últimos 20 anos, o Brasil se manteve no ranking dos países com maior criticidade para roubos de carga, o que reforça o alerta sobre a necessidade de se tomar medidas para evitar e prevenir esses prejuízos.

Os dados assustadores provam a importância, cada vez maior, de se fazer a autogestão no gerenciamento de risco de transporte.

Acidentes nas rodovias

O Anuário CNT do Transporte 2022 mostra que, só nas rodovias federais, foram registrados mais de 50 mil acidentes com vítimas em um único ano. As causas são muitas: péssima condição das estradas, falta de sinalização, imprudência na direção, entre outras.

O caminho mais lógico é minimizar esses agentes causadores. Entre as possibilidades estão conhecer as estradas, planejar rotas mais seguras, investir nas manutenções preventivas da frota e realizar um gerenciamento eficiente durante o transporte.

Com essas estratégias colocadas em prática, torna-se possível reduzir os riscos de acidentes, reduzir os prejuízos e salvar milhares de vidas. Ainda que não sejam a maioria dos casos, os acidentes com caminhões são potencialmente graves em função do peso e do tamanho dos veículos.

Atrasos nas entregas

Mercadoria entregue com atraso impacta diretamente na reputação da empresa. E um cliente insatisfeito, além de deixar de ser cliente, muitas vezes se torna um detrator da marca.

Por isso, monitorar as viagens, acompanhar os prazos de perto e fazer um gerenciamento de risco específico para esse tipo de situação é fundamental.

Muitos fatores podem resultar em um atraso na entrega, porém, cabe aos gestores e motoristas preverem essas situações, estabelecendo as medidas corretivas e evitando maiores transtornos, tanto para a transportadora e embarcadores quanto para o cliente final.

Falta de manutenção dos veículos

Grande parte das falhas mecânicas que ocorrem em veículos de transporte de cargas poderia ser evitada com manutenções preventivas. A falta de manutenção, além de ser considerada uma negligência, leva a problemas que, no dia a dia, poderiam ser fáceis de resolver, se diagnosticados com antecedência.

Pneus desgastados, freios comprometidos, sistema de iluminação com defeitos, todos problemas relativamente simples, certo? Errado! Esses problemas podem ser fáceis de solucionar se identificados antes de o veículo sair para uma rota.

Caso contrário, podem causar graves acidentes, colocando em risco vidas e cargas. Ou seja, realizar a inspeção veicular e a manutenção preventiva é uma atividade que deve estar na rotina das empresas e ser gerenciada com o máximo de atenção.

Vantagens da autogestão no gerenciamento de riscos

Com tecnologia e inovação é possível realizar uma autogestão eficiente e potencializar as vantagens do gerenciamento de riscos do transporte de cargas.

Se utilizar as ferramentas certas, a empresa consegue identificar, analisar e tratar e/ou minimizar os riscos envolvidos no transporte de uma determinada mercadoria. Esse olhar voltado para o antes e para o durante possibilita uma alta eficiência para a operação.

As vantagens não param por aí. Empresas que adotam a autogestão, por exemplo, têm outros diversos benefícios, incluindo a tomada de decisão mais assertiva e um planejamento mais coerente com as demandas.

Confira algumas dessas vantagens:

1. Decisões mais rápidas e eficazes

Com uma tecnologia de ponta, que traz os indicadores corretos e alinhados ao negócio, é possível tomar decisões rápidas, eficazes e assertivas.

Os dashboards são ferramentas que trazem dados customizados para a operação. Isso facilita a interpretação das informações e, consequentemente, as decisões a serem executadas.

2. Capacidade de resposta imediata

Com as viagens monitoradas em tempo real, os gestores obtêm respostas imediatas para as questões que surgem ao longo da operação logística. Além de contar com informações qualificadas e ter uma visão gerencial que permite um controle mais minucioso, há ganhos também em segurança e produtividade.

O cliente, por sua vez, ganha com a eficiência do processo e com as entregas sendo feitas dentro do prazo, com qualidade e idoneidade.

3. Redução de hierarquia de acionamentos

Com o gerenciamento de riscos da operação logística sendo realizado por uma ferramenta tecnológica que entrega dados e informações em tempo real, a hierarquia de acionamentos fica reduzida, pois a confiabilidade no que é reportado é muito alta.

A aplicação desse recurso permite que o fluxo seja otimizado, bem como as atividades internas, tornando o processo muito mais fluido e transparente.

4. Automatização de processos

Um gerenciamento de riscos eficiente e adequado precisa de registros e apontamentos de dados. É a gestão dessas informações que vai trazer as análises e, por consequência, os inputs necessários para a organização dos planos de ação.

Quando esses processos são automatizados, os ganhos são inúmeros: os erros nos registros ficam praticamente inexistentes, as análises seguem critérios gerenciais pré-estabelecidos e as decisões são tomadas com base em informações precisas e objetivas.

Como a Trafegus pode ajudar na autogestão de transporte?

A Trafegus oferece uma solução completa para a gestão de riscos, proporcionando agilidade, eficiência e controle total da operação.

Líder no segmento, o Sistema Integrador da Trafegus é o mais robusto, completo e seguro para a sua operação. Além de ser compatível com todas as tecnologias de rastreamento disponíveis no mercado, permite a geração de indicadores para medição e otimização de resultados operacionais e redução de custos.

Com mais de 530 tipos de eventos configuráveis, o sistema possibilita para a central, seja ela própria ou terceirizada, mais controle e gestão da operação, monitoramento de todas as etapas e mais precisão no gerenciamento de risco.

Sem dúvidas, a Trafegus pode ajudar a sua empresa a realizar um gerenciamento de risco eficiente. Conheça o nosso sistema e descubra como podemos fazer a diferença na sua operação.

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Trafegus
31/07/2024