O transporte de cargas frigorificadas é um dos processos logísticos mais desafiadores. Existem muitas normativas, especificações e cuidados envolvidos nesse tipo de operação e os órgãos fiscalizadores são bastante rígidos quanto ao cumprimento de todas as regras.

Um número que expressa o resultado das falhas que ocorrem na movimentação deste tipo de carga é apontado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO, em inglês). Os dados mostram que 54% dos alimentos desperdiçados no mundo decorrem de perdas nos processos logísticos.

Ou seja, mais da metade dos alimentos que foram perdidos tiveram algum tipo de problema no seu transporte. Uma informação realmente assustadora quando consideramos que já existem tecnologias que apoiam com precisão e eficiência a gestão desse tipo de operação.

Portanto, para evitar as perdas e realizar uma operação correta e sem riscos, é fundamental conhecer a fundo todas as normas, seguir as legislações vigentes e realizar um planejamento logístico eficaz, que garanta um transporte eficiente e sem transtornos.

Desafios no transporte de cargas frigorificadas

Cargas frigorificadas são mercadorias que precisam ser mantidas em condições específicas e com temperatura controlada durante todo o transporte, para preservar suas propriedades e evitar contaminação. Alimentos perecíveis e medicamentos são alguns exemplos de cargas frigorificadas.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um dos órgãos que fiscaliza esse tipo de transporte, são consideradas cargas frigorificadas:

• Carnes, aves, peixes e derivados;
• Frutas, legumes e verduras;
• Ovos em casca ou processados;
• Laticínios;
• Gelo em cubo;
• Leveduras e fermentos;
• Medicamentos;
• Alimentos congelados de maneira geral.

A complexidade desse tipo de transporte está diretamente relacionada com as diversas variáveis que precisam ser monitoradas ao longo do trajeto e também às particularidades do território brasileiro.

Além de ser muito extenso e predominantemente rodoviário, o país conta com estradas em condições que variam muito ao longo da sua extensão, mas que, em sua maioria, são bastante ruins.

Por isso, mais do que contar com um veículo refrigerado e com controle de temperatura constante, o transporte de cargas frigorificadas precisa considerar outros desafios.

Roubos de carga, acidentes, congestionamentos prolongados, falhas mecânicas e até mesmo a embalagem e manuseio das mercadorias precisam de atenção e planos de ação pré-estabelecidos, para assegurar que as rotas sejam feitas dentro dos prazos necessários.

As falhas no trajeto podem comprometer a qualidade das mercadorias e interferir diretamente no consumo dos produtos. É por esse motivo que antever qualquer problema é uma maneira eficiente de estruturar as soluções para cada eventual problema, e aplicá-las com a agilidade que esse tipo de operação exige.

Manutenção da temperatura ideal durante todo o trajeto

A NBR 14701, estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é a norma que traz as diretrizes para o transporte de cargas refrigeradas no Brasil.

De acordo com as orientações da norma, o veículo precisa começar o resfriamento aproximadamente 15 minutos antes do transporte e já na temperatura indicada para o tipo de mercadoria a ser transportada.

Veja quais são as exigências de temperatura para cada tipo de produto:

• Congelados: entre -12°C e -18°C;
• Refrigerados: entre 4°C e 10°C;

Essas temperaturas precisam ser controladas ao longo de todo o percurso. A legislação exige que os veículos tenham instrumentos para registro contínuo da temperatura do ar interno e indicador de temperatura durante o transporte.

Controle de oscilações que podem danificar a carga

O acondicionamento da carga faz toda diferença no transporte. Além da questão óbvia da otimização de espaço, a distribuição correta da mercadoria dentro do veículo assegura a ventilação ideal e evita que a mercadoria se movimente durante o trajeto.

É claro que prever a rota e avaliar com antecedência as condições das vias também ajuda a identificar possíveis riscos de oscilação na carga. Por isso, planejamento é imprescindível.

Por exemplo, se a carga for um alimento e sua natureza exigir transporte em estrados e prateleiras, seguir essa orientação se atentando à rigidez dessa estrutura é importante tanto para controlar as oscilações quanto para assegurar que não haverá danos e contaminação aos alimentos.

Risco de contaminação por falhas na refrigeração

No transporte de cargas frigorificadas, o monitoramento da temperatura merece atenção redobrada. Uma pequena falha, um descontrole mínimo do resfriamento e o prejuízo pode ser irreparável, significando a contaminação e perda total da carga.

Por esse motivo, é de fundamental importância investir em tecnologias que oferecem todos os recursos para um monitoramento preciso e seguro. Em um processo como esse, estabilidade e confiabilidade são imprescindíveis para preservar a carga até o destino final e garantir uma entrega com qualidade total.

Custos com perdas e avarias de produtos

Segundo dados do relatório BSI and TT Club Cargo Theft Report 2023, cargas de alimentos e bebidas estão entre as mais visadas por criminosos no Brasil, com os roubos aumentando de 16%, em 2022, para 21% em 2023.

Por serem fáceis de vender e terem alto valor de revenda, essas mercadorias tornam-se alvos muito atrativos para os criminosos. Por isso, esse é um risco que precisa ser levado em consideração na hora de planejar a logística das cargas frigorificadas.

É preciso escolher as rotas mais seguras, prever as horas de viagem, planejar as paradas em pontos estratégicos e seguros, tudo para prevenir perdas e avarias.

Como o monitoramento de temperatura aumenta o controle sobre as cargas frigorificadas

O controle de temperatura durante o transporte de cargas frigorificadas ganhou muito mais precisão e confiabilidade com o uso das tecnologias desenvolvidas especificamente para esse fim.

Graças aos aplicativos e softwares utilizados hoje em dia pelas centrais de monitoramento, que recebem dados enviados por equipamentos instalados nos veículos, é possível acompanhar as viagens continuamente e em tempo real.

Essa facilidade trouxe segurança para a operação de transporte e a garantia do cuidado adequado à carga a ser transportada, assegurando o serviço correto até a entrega no cliente.

Essas ferramentas oferecem uma série de informações e funcionalidades, como:

• Monitoramento contínuo da temperatura do interior do baú do caminhão, sem necessidade de abertura da porta para checagem.
• Envio de alertas, em tempo real, sobre eventuais oscilações de temperatura, antes que os produtos sejam afetados.
• Indicação de ações proativas para evitar perdas e garantir a qualidade dos produtos.
• Redução de custos com avarias e perdas de carga.
• Maior tranquilidade para embarcadores, transportadoras, gerenciadoras de risco e clientes.

Com esses dados coletados é possível acompanhar todo o processo de transporte, estabelecendo padrões para as diferentes modalidades de carga e compreendendo o seu comportamento e suas variações em diferentes trajetos.

Essa gestão permite que planos de ação sejam pré-elaborados e que as tomadas de decisão sejam rápidas, para evitar que quaisquer danos, perdas ou prejuízos ocorram.

Benefícios do monitoramento remoto de temperatura da Trafegus

Quando falamos em tecnologia de monitoramento remoto de temperatura em cargas frigorificadas, a solução da Trafegus se destaca por estar dedicada a resolver os principais desafios envolvidos na cadeia fria.

Reconhecida como uma plataforma de serviços que agrega valor para sua central de monitoramento ou Torre de Controle, a empresa atua desde 2009 no segmento de transportes, desenvolvendo e aprimorando as tecnologias ofertadas para o setor.

Com uma solução desenvolvida especialmente para apoiar as empresas no transporte frigorificado - serviço que requer um alinhamento correto às normas e legislações vigentes, a Trafegus entrega uma série de vantagens que podem fazer a diferença na performance da sua operação:

• Segurança: protege a carga contra danos, avarias e contaminação.
• Eficiência: otimiza o processo de transporte, organizando a operação e reduzindo custos.
• Tranquilidade: garante o manuseio correto, a qualidade dos produtos e a satisfação dos clientes.
• Tecnologia de ponta: sensores precisos que acompanham as variáveis em tempo real e um sistema de comunicação confiável.
• Facilidade de uso: interface intuitiva, amigável e fácil de acompanhar.

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